Degeneração Macular

A degeneração macular é uma condição médica geral que acomete os adultos mais velhos (geralmente após os 40 anos de idade), resultando em uma perda de visão no centro do campo visual, devido a danos na mácula, que é uma região localizada na retina, responsável pela visão de detalhes.

Esta condição apresenta-se de duas formas:

  • Não-exudativa ou seca: nesta forma ocorre uma lesão progressiva do epitélio pigmentar da retina (EPR), membrana de Bruch e coriocapilar, o que resulta em atrofia secundária dos fotorreceptores e perda gradativa da visão.
  • Exudativa ou neovascular: nesta forma há o surgimento de uma membrana neovascular sub-retiniana, que modifica a anatomia macular, incluindo a interface fotorreceptor-EPR, possibilitando o extravasamento do soro e/ou sangue, e levando à perda irreversível dos fotorreceptores adjacentes, com consequente redução de visão, normalmente mais rápida e acentuada do que a observada na forma descrita acima.

Esta é uma doença multifatorial. Muitos estudos demonstraram que o fator genético provavelmente apresenta papel fundamental para a sua ocorrência. Sabe-se que existe um alto grau de incidência dessa doença em irmãos gêmeos, especialmente em univitelinos, demonstrando, deste modo, a importância do genótipo para o aparecimento da degeneração macular.

Diversos estudos mostram as regiões cromossômicas que albergariam genes associados com a doença. Todavia, a sua real importância na manifestação fenotípica da doença ainda não foi elucidada. Foram identificados eventuais fatores de riscos associados a essa condição, fatores demográficos, comportamentais, médicos e fatores oculares não retinianos. Alguns estudos também sugerem que certos fatores apresentam um maior risco de incidência da doença, como o tabagismo, indivíduos de pele clara, com maior peso corporal, além de outros fatores aparentemente menos importantes.

O diagnóstico é feito pelo médico oftalmologista por meio de uma cuidadosa avaliação do quadro clínico e exame detalhado da retina. Este último, por sua vez, é feito identificando-se as lesões características após dilatação das pupilas, geralmente com auxilio de exames complementares. Nesta etapa, é importante a detecção precoce e a adequada definição do momento em que o indivíduo deve receber a suplementação vitamínica específica para reduzir a probabilidade de evolução da doença.

Até  pouco tempo, a tratamento limitava-se à fotocoagulação por laser ou observação, variando de acordo com o tamanho dos vasos sub-retinianos anormais e a sua localização em relação à fóvea. Atualmente, existem diversas técnicas de tratamento disponíveis, como a terapia fotodinâmica com verteprofirina, radiação, termoterapia transpupilar, fotocoagulação de vaso nutridor, cirurgias de translocação macular, assim como novas terapias que ainda estão sendo estudadas, com drogas antiangiogênicas e angioestáticas.

Observou-se que não pode ser realizada apenas uma forma de tratamento isoladamente. O correto é a associação de diversos recursos existentes para obtenção de um melhor resultado.

Fontes:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?98
http://pt.wikipedia.org/wiki/Degenera%C3%A7%C3%A3o_macular
http://www.mdsaude.com/2009/08/degeneracao-macular.html
http://www.ipvisao.com.br/site/pages.php?m=saiba_mais&subm=&id=4
http://www.scielo.br/pdf/abo/v69n6/a31v69n6.pdf
http://www.saudenainternet.com.br/portal_saude/degeneracao-macular.php

Autor: Débora Carvalho Meldau