Difteria

A difteria, ou crupe como é popularmente conhecida, é um distúrbio infeccioso do sistema respiratório causado por um bacilo chamado Corynebacterium diphteriae. Quando a vacina ainda não havia sido inventada esta doença foi responsável por epidemias que mataram muita gente. Exemplo disso foi o que aconteceu entre 1735 e 1740, nos Estados Unidos, quando cerca de 80% das crianças daquele país faleceram.

Geralmente o bacilo infecta a mucosa da garganta, laringe, nariz, traquéia e brônquios, podendo provocar a contração da laringe.

Trata-se de uma doença altamente contagiosa que pode se propagar através do contato com pessoas infectadas ou por respirar as secreções de algum doente. Embora a difteria se manifeste o ano todo é mais comum seu aparecimento nos meses mais frios. Normalmente a melhor forma de prevenir a difteria é a vacinação dos bebês com a vacina tríplice (difteria, coqueluche e tétano) a partir do segundo mês de vida.

O período de incubação pode durar até seis dias. É na faringe que o bacilo encontra um local ideal para se reproduzir e, em seguida, espalhar-se por outros órgãos. Quando o contágio ocorre em criança menores de quatorze anos pode levar a óbito aproximadamente 20% dos casos. Os sintomas mais freqüentes são: fadiga, febre, garganta dolorida, incapacidade de engolir alimentos, inchaço nos gânglios linfáticos e baixa pressão arterial. Estes sintomas se agravam à noite quando a respiração muda, a expiração é marcada por tosse sem catarro, e a inspiração é acompanhada por chiado.

Nesta doença são produzidas toxinas que, quando liberadas na circulação sangüínea, chegam a outros órgãos (fígado, nervos, glândulas adrenais, rins e coração, por exemplo) comprometendo seu funcionamento e, assim, podem ocasionar a morte do paciente.

O tratamento é feito através de medicamentos como soro anti-diftérico (SAD) e bactericidas (penicilina ou eritromicina). A recuperação é demorada e é importante lembrar que o paciente não deve fazer esforço físico principalmente nos casos em que há inflamação dos músculos do coração. Em alguns casos mais graves o paciente deve ser levado para tratamento intensivo porque pode ocorrer parada cardíaca e a paralisia de músculos que auxiliam na respiração. Quando acontece o bloqueio total da garganta o paciente deve ser submetido à traqueotomia.

Autor: Thais Pacievitch