Doença do Legionário

A doença do legionário, também chamada de legionelose, trata-se de uma forma rara de pneumonia atípica decorrente da infecção pela bactéria Legionella pneumophila.

O agente causador desta desordem, a Legionella pneurmophila, trata-se de um bacilo pleomórfico Gram-negativo aeróbio, que requer um meio de cultura especial para se multiplicar. São parasitas celulares facultativos, sobrevivendo à fagocitose por macrófagos, por meio do bloqueio da fusão do fagossomo com o lisossomo (fagolisossomo), bem como inibindo a geração de radicais livres. São bactérias que vivem na água, como rios e lagos de água doce.

A primeira epidemia relatada desta desordem ocorreu em uma fábrica de embalagens de carne em Minnesota, nos Estados Unidos, no ano de 1957. No entanto, foi reconhecida apenas quando causou pneumonia epidêmica em membros da Legião Norte-americana que participava de uma convenção da na Filadélfia, em 1976. Foi averiguado que o agente etiológico da doença do legionário se reproduziu no sistema de climatização do hotel, propagando-se através das condutas de ventilação, contaminando as pessoas ali presentes quando as mesmas inalavam as partículas suspensas no ar contendo a bactéria.

O período de incubação da bactéria varia de 2 a 10 dias após o contágio. As manifestações clínicas iniciais compreendem:

  • Febre elevada;
  • Arrepios;
  • Cefaleia;
  • Prostração;
  • Dores nas articulações;
  • Dores musculares.

Com a evolução do quadro, o paciente passa a apresentar falta de ar e dificuldade para respirar, tosse produtiva e dor torácica, além de diarreia. Com menor frequência pode ser observada confusão mental.

O diagnóstico é basicamente por meio de exames laboratoriais, como cultura ou imunofluorescência.

O tratamento envolve o uso de antibióticos como os macrolídeos, sendo que a azitromicina é considerada o tratamento de eleição, além das quinolonas. Nos quadros mais avançados, pode ser utilizada azitromicina ou levofloxacina.

A prevenção desta desordem é feita identificando-se ocasionais focos de infecção, por meio da realização de controles regulares dos sistemas de ventilação de grandes edifícios, locais comprovadamente ideais para o desenvolvimento da bactéria em questão e, caso seja confirmada a contaminação do local, proceder a esterilização adequada. Além disso, a desinfecção periódica de aparelhos de ar condicionado, sistemas de ventilação ou condensadores de vapor previne o desenvolvimento de colônias de Legionella pneumophila.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_do_legion%C3%A1rio
http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=595
http://www.manualmerck.net/?id=67&cn=746
http://www.sbac.org.br/pt/pdfs/rbac/rbac_37_04/rbac3704_12.pdf

Autor: Débora Carvalho Meldau