Febre Amarela

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A febre amarela, também denominada barbarose, trata-se de uma desordem infecciosa, que tem como agente etiológico um flavivírus, transmitido por um mosquito contaminado. É mais comum em áreas silvestres e rurais, embora também possa estar presente em áreas silvestres. O principal transmissor do vírus causador da febre amarela em áreas silvestres é o mosquito do gênero Haemagogus, enquanto que na área urbana, o principal transmissor é o mosquito do gênero Aedes, tanto o Aedes aegypti, quanto o Aedes albopictus.

Mosquito Aedes aegypti. Foto: mrfiza / Shutterstock.com

Mosquito Aedes aegypti. Foto: mrfiza / Shutterstock.com

Os reservatórios naturais deste vírus são os primatas não-humanos, que habitam as florestas tropicais, como as da América Central, América do Sul e África. Quando indivíduos que nunca foram imunizados, por vacina ou por contrair a doença anteriormente, circulam em áreas de florestas endêmicas e recebem uma picada de um mosquito contaminado pelo flavivírus, acabam levando a doença para outros locais.

O período de incubação do vírus da febre amarela varia de 3 a 7 dias após a transmissão do mesmo pelo mosquito contaminado. As manifestações clínicas iniciais abrangem febre, cansaço, mal-estar, cefaleia e dores musculares, especialmente na região lombar e abdominal. O quadro clássico de febre amarela caracteriza-se por febre moderadamente elevada, náuseas, bradicardia, prostração e hematemese. Também pode haver diarreia. A maior parte dos casos é assintomática, manifestando-se como uma infecção subclínica; todavia, esta doença pode apresentar-se de forma grave, podendo, até mesmo, levar à morte.

Após a diminuição da febre, alguns pacientes podem desenvolver sintomas mais graves, como febre alta, diarreia fétida, convulsões e delírio, hemorragias internas e coagulação intravascular disseminada, com danos de enfarte em diversos órgãos. A hemorragia manifesta-se como equimoses, sangramentos nasais e gengivais, também podem ocorrer choque, resultando em morte, devido às hemorragias profusas. Hepatite pode surgir, por vezes, resultando em icterícia, o que confere a cor amarelada a pele, o que denominou a doença. Insuficiência renal e hepática são complicações que podem estar presentes na febre amarela.

Uma vez que a febre amarela apresenta quadro clínico similar a outras desordens, como a dengue e a malária, o diagnóstico exato é imprescindível e deve ser confirmado por meio de exames laboratoriais específicos.

Não há medicamentos específicos para combater o vírus que causa a febre amarela. O tratamento envolve suporte hospitalar, com hidratação e uso de antieméticos que não contenham ácido acetilsalicílico, para evitar a evolução severa da doença. Em casos mais graves, pode se fazer necessário realizar transfusão sanguínea e diálise.

A melhor forma de prevenir a febre amarela é por meio da vacina, que deve ser renovada a cada 10 anos. A vacinação é indicada, principalmente, para indivíduos que vão para áreas endêmicas, 10 dias antes da viagem para que haja tempo do organismo produzir anticorpos contra o vírus.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Febre_amarela
http://www.bio.fiocruz.br/index.php/febre-amarela-sintomas-transmissao-e-prevencao
http://drauziovarella.com.br/letras/f/febre-amarela/

Autor: Débora Carvalho Meldau