Glaucoma

Glaucoma é uma patologia ocular da qual o nervo óptico, que possui a importante função de transmitir a informação visual da retina para o cérebro, é progressivamente danificado. Se não tratado e diagnosticado a tempo, o glaucoma pode levar o indivíduo a sérias consequências como a perda permanente e total (irreversível) da visão.

A causa mais frequente de glaucoma é devido ao aumento da pressão intra-ocular (PIO), que possui valores acima dos considerados normais, que é de 10 a 20 mmHg (milímetros de mercúrio). Acima destes valores, o indivíduo apresenta um quadro de hipertensão ocular, gerando sérios danos as fibras contidas no nervo óptico e ao desenvolvimento do glaucoma. Os fatores que contribuem para o aumento da pressão intra-ocular e consequente dano ao nervo óptico variam com o tipo de glaucoma.

Existem vários tipos de glaucoma sendo os principais o glaucoma de ângulo aberto (crônico) e o glaucoma de ângulo fechado (agudo). O primeiro é o tipo mais comum e é um dos responsáveis pelos índices de cegueira nos brasileiros, sobretudo nos idosos. Ele se manifesta assintomaticamente, portanto considerado muito perigoso, pois a pessoa não percebe que ocorre uma perda sutil da visão e quando se da conta de que algo esta errado, a doença já esta em um nível avançado. Já no glaucoma de ângulo fechado, o indivíduo apresenta danos imediatos na visão e sintomas como visão turva, dor de cabeça, náuseas, vômitos, olho vermelho e dor ocular ocorrem, sendo que a perda da visão pode acontecer em poucas horas.

Outros tipos de glaucoma são o congênito e o secundário. O primeiro é devido à má formação no sistema de drenagem do humor aquoso que acontece em recém nascidos e crianças. Já o secundário se desenvolve após o aparecimento de doenças tais como catarata, hemorragia, entre outras, e até mesmo pelo mau uso de colírios de corticóide.

Devido à extrema sensibilidade do nervo óptico, que é bastante comprometido com o aumento da pressão intra-ocular, é essencial fazer exames oculares periódicos a fim de saber se a pressão intra-ocular esta dentro da faixa de 10-20 mmHg. Esta medição é feita pelo oftalmologista que utiliza um aparelho chamado tonômetro para medir a pressão ocular. As consultas com oftalmologistas devem ser mais frequentes a partir dos 40 anos e acima dos 60 é primordial. Pessoas com histórico familiar de glaucoma, que já sofreu alguma lesão ocular grave, que possui origem africana, diabéticos, e que tomam medicamentos ansiolíticos, tranquilizantes, corticoesteroides, possuem uma predisposição maior em desenvolver o glaucoma.

Infelizmente a cura do glaucoma ainda não foi descoberta. No entanto com o tratamento adequado e contínuo, pode-se reduzir muito os ricos de perda da visão e o indivíduo levar uma vida aparentemente normal. Vários medicamentos têm sido utilizados pelos pacientes com glaucoma para diminuir a pressão intraocular, tais como o uso de colírios e comprimidos. Outras formas de tratamento incluem aplicações de laser e cirurgia (trabeculectomia). A prática de exercícios físicos moderados como a caminhada, yoga, pilates, tai chi, ajudam também, segundo pesquisas, a reduzir a pressão intra-ocular.

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Fontes:
http://www.drauziovarella.com.br/Sintomas/264/glaucoma
http://www.cbo.com.br/pacientes/doencas/doencas_glaucoma.htm
http://www.saudevidaonline.com.br/glaucoma.htm

Autor: Marina Martinez