Pneumotórax

Pneumotórax é o acúmulo anormal de ar entre o pulmão e a pleura (membrana que reveste internamente a parede torácica). Este espaço virtual é  denominado de espaço pleural.

Sua etiologia pode ser:

  • Espontânea: o ar penetra no espaço pleural vindo de alvéolos pulmonares, sem que existam antecedentes imediatos de traumatismos ou de operação cirúrgica intratorácica. Geralmente, a causa desse tipo de pneumotórax é a ruptura de alvéolos que estão muito próximos da superfície pulmonar. Pode ser pneumotórax espontâneo primário, produzidos por razões desconhecidas, especialmente em jovens altos e magros, que geralmente fumam, sem antecedentes de doenças pulmonares; ou pode também ser um pneumotórax espontâneo secundário, que acomete pessoas que sofrem de alguma outra doença pulmonar crônica.
  • Infecciosa: em casos de infecções pulmonares graves, como pneumonia ou tuberculose.
  • Traumática: a origem desse tipo de pneumotórax corresponde habitualmente à presença de uma ferida aberta na parede torácica, levando à existência de uma comunicação atípica entre o espaço pleural e o exterior do organismo. Pode ser por acidentes com arma de fogo, por faca, por acidentes de trânsito, entre outros.
  • Iatrogênica: menos frequentemente, a doença também pode ser devido a uma ruptura acidental do tecido pulmonar durante uma intervenção ou como consequência de uma operação cirúrgica intratorácica.

O sintoma mais comum descrito por 90% dos pacientes é a dor torácica, alguns pacientes também apresentam tosse, encurtamento da respiração (dispnéia grave), agitação, cansaço fácil, aceleração dos batimentos cardíacos e cianose devido à falta de ar. Pode também haver dores no ombro, pescoço e abdômen.

O médico pode suspeitar de pneumotórax através do histórico clínico e do exame físico do paciente. Todavia, a confirmação é feita por meio da radiografia torácica, onde irá aparecer uma coleção anormal de ar entre os pulmões e a parede torácica. Para obter mais dados, o médico poderá pedir uma tomografia computadorizada do tórax, que pode ser muito útil nos casos de pneumotórax espontâneo.

O tratamento é realizado objetivando a retirada do ar do espaço pleural e também prevenir futuras ocorrências. Será definido de acordo com a extensão do pneumotórax (que será observado na radiografia), na sua causa e na gravidade dos sintomas gerados por ele. Além disso, a existência ou não de doenças recorrentes na região torácica também influenciará na decisão do tratamento mais adequado.

Como tratamento existe a opção de ser colocado um dreno no tórax, o qual irá retirar o ar local. Outra alternativa é a realização de uma cirurgia para a correção ou, simplesmente, a conduta expectante (esperar), sob supervisão médica.

Uma das maneiras de prevenir o pneumotórax é evitar o tabagismo, para prevenir os casos de pneumotórax associados às bolhas de enfisema e ao câncer de pulmão. Programas que visam reduzir a violência urbana, inclusive no trânsito, pode ajudar a minimizar os traumas torácicos e, conseqüentemente, os casos de pneumotórax. Indivíduos que já tiveram um caso de pneumotórax espontâneo apresentem de 40-50% de chances de desenvolver novos episódios, sendo este mais um dos motivos pelo qual abandonar o fumo.

Fontes:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?330
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pneumot%C3%B3rax
http://www.unifesp.br/dcir/torax/vats/pneumot.htm
http://www.cirurgiatoracica.net/html/pneumotorax.html
http://www.manualmerck.net/?id=70&cn=758

Autor: Débora Carvalho Meldau