Pólipos nasais

Os pólipos nasais são prolapsos da mucosa respiratória alta. Hipócrates (460-370 a.C) já tinha descrito diversos tipos de pólipos nasais e formas de remoção destes; todavia, essa afecção continua, até os dias de hoje, sendo um importante problema clínico, especialmente pela alta taxa de recidiva.

Sua etiologia não foi ainda esclarecida. Aparentemente, a inflamação persistente é necessária para que os pólipos nasais se desenvolvam, o que pode acontecer em afecções como: síndrome de Woakes, fibrose cística, doença mucociliar congênita ou Kartagener, intolerância à aspirina, entre outras.

Os pólipos são divididos em dois tipos:

  • Pólipos etimoidais: originam-se dos óstios das células etimoidais
  • Pólipos antronasais: originam-se no seio maxilar, sendo mais comumente encontrados em crianças e adultos jovens.

As manifestações clínicas caracterizam-se por obstrução nasal progressiva, (podendo obliterar por completo o canal nasal dependendo do estadiamento da afecção), rinorréia (corrimento nasal) exclusivamente serosa, dores de cabeça e transtornos do olfato.

Para o diagnóstico, a endoscopia é um exame de grande valia, especialmente para os pequenos pólipos localizados no meato médio. Exames radiográficos são importantes na determinação de variações anatômicas e a intensidade de comprometimento dos seios nasais, permitindo o estadiamento da afecção e o diagnóstico diferencial com neoplasias.

O tratamento dessa afecção é feito com o uso de antibióticos e corticóides, podendo ser tanto tópico quanto sistêmico. Essa conduta terapêutica proporciona uma redução da inflamação e infecções, facilitando a chegada aos pólipos durante a cirurgia.

Uma medida importante na profilaxia é a realização de um controle ambiental adequado, bem como a imunoterapia hiposensibilizante específica e a utilização de cromoglicato de sódio.

Fontes:
http://www.manualmerck.net/?id=239&cn=1947
http://www.copacabanarunners.net/polipos-nasais.html
http://adam.sertaoggi.com.br/encyclopedia/ency/article/001641.htm
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-72992004000200003&script=sci_arttext
http://www.arquivosdeorl.org.br/conteudo/acervo_port.asp?id=625
http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=182

Autor: Débora Carvalho Meldau