Pseudofoliculite da Barba

A pseudofoliculite da barba trata-se de uma reação do tipo corpo estranho decorrente da forma como o pelo nasce, encurvando-se e penetrando na pele. Neste caso a inflamação é menor do que a encontrada na foliculite decorrente da infecção por bactérias do gênero Staphylococcus.

Costuma acometer mais frequentemente homens negros, entre 50 a 83% dos homens que se barbeiam, enquanto que em homens brancos, a porcentagem é bem inferior, afetando 3% desses indivíduos.

Os mecanismos envolvidos na patogênese deste transtorno são dois:

  • Penetração transfolicular: ocorre quando um cabelo crespo penetra novamente na pele.
  • Penetração intrafolicular: ocorre quando a extremidade que deveria permanecer no meio externo cresce e perfura a parede do folículo.

Dentre as situações que levam ao surgimento da pseudofoliculite estão:

  • Puxar e esticar a pele ao raspar;
  • Raspar a barba contra a pápula;
  • Remover os pelos com uma pinça;
  • Retirar os pelos por eletrólise;
  • Utilizar barbeadores com duas ou três lâminas.

O barbear mais rente leva a formação de uma ponta mais afilada sob a pele, aumentando as chances de que a parede folicular seja perfurada, com consequente surgimento de pseudofoliculite da barba com penetração transfolicular.

A lesão observada ao início da pseudofoliculite é eritematosa, apresentando um pelo em seu centro. Quando o pelo é ligeiramente erguido, a extremidade do pelo é colocada para fora da pápula. Estas últimas podem levar à hiperpigmentação, cicatrizes após o processo inflamatório, infecções secundárias e formação de queloides.

Para prevenir o surgimento da pseudofoliculite da barba recomenda-se evitar raspar a mesma, deixando-a crescer. A única forma de curar definitivamente este transtorno é eliminar permanentemente o pelo por meio de tratamentos com laser, específicos para a remoção de pelos corporais.

Fontes:
http://contatoamanda.webnode.com.br/news/pseudofoliculite-da-barba/
http://www.emmanuelfranca.com.br/doencas/doencas_pseudofoliculite.html

Autor: Débora Carvalho Meldau