As úlceras de pressão, também conhecidas como úlceras de decúbito, escara ou escara de decúbito, são lesões de pele ou partes moles, que originam-se, basicamente, de isquemia tecidual prolongada. Esta, por sua vez, ocorre devido a qualquer posição que é mantida pelo paciente durante um longo período de tempo (comum em pacientes acamados), especialmente em tecidos onde há sobreposição de uma proeminência óssea, resultante da presença de pouco tecido subcutâneo nessas regiões do corpo.
Existem fatores que contribuem para o desenvolvimento destas úlceras, como a idade avançada, fricção, traumatismos, desnutrição, incontinência urinária e fecal, infecção, avitaminoses, umidade excessiva, pressão arterial e edema.
Os locais mais comumente afetados são a região sacral e os calcâneos, sendo que aproximadamente 60% das úlceras de pressão se desenvolvem na região pélvica ou abaixo desta.
As úlceras de pressão são classificadas em estágios. São eles:
A prevenção é a melhor solução para o problema. Primeiro deve ser avaliado o risco, considerando que este é maior para indivíduos acamados, restritos a cadeira de rodas ou os que apresentam limitada capacidade de reposicionamento. Devem ser identificados todos os fatores de risco, objetivando programar as medidas preventivas específicas.
A pele necessita de inspeção diária. É fundamental também que se faça o alívio da pressão da pele nas áreas que apresentam maior risco, ou onde são encontrados ossos proeminentes. Cuidados devem ser tomados como:
O tratamento das úlceras de pressão é feito por meio da limpeza das lesões aplicando-se soro fisiológico na forma de jato sob estas, de preferência morno. Este jato apresenta a capacidade de limpar a ferida sem lesar o que o próprio organismo vem reparando.
Quando estão presentes escaras (crostas enegrecidas e endurecidas) sobre as lesões, estas deverão ser removidas por um profissional da área especializado.
Existem produtos que auxiliam no tratamento das úlceras de pressão, chamados de "novas tecnologias". A indicação fica a critério do profissional especializado.
Fontes:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?626
http://www.eerp.usp.br/projetos/feridas/upressao.htm
http://www.fraterbrasil.org.br/Ulcera%20de%20Pressao.htm
http://www.actamedicaportuguesa.com/pdf/2006-19/1/029-038.pdf
http://www.faculdadeobjetivo.com.br/arquivos/PrevencaoDeUlcera.pdf